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Abertura dos 6 selos e Cavaleiros do Apocalipse

Postado por: Igreja Assembleia de Deus Cidade Nova

O Cordeiro Abre os Primeiros Seis Selos (Apocalipse 6:1-17)
Acharam a pessoa digna para abrir os selos. A vontade de Deus será revelada! Depois da impressionante cena de adoração ao Pai e ao Cordeiro nos capítulos 4 e 5, chegamos ao momento esperado. O Cordeiro começa a abrir os selos, revelando cada vez mais do plano de Deus. Neste capítulo, os primeiros seis selos são abertos. Vamos ver o que Deus revelou ao seu servo João.
O Primeiro Selo (6:1-2)
6:1 – Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem!
Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos: No final do capítulo 5, João seguia as ondas de louvor envolvendo todos os seres no céu. Agora, a atenção dele volta-se ao Cordeiro. Depois de tanta expectativa, Jesus começará a abrir os selos do livro que recebera do Pai.
Ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem!: Aquela voz forte de um dos servos mais próximos a Deus diz: Vem! Parece que ele chama o cavaleiro a aparecer para fazer a vontade do Senhor.
6:2 – Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer.
Um cavalo branco: Cavalos, na Bíblia, são ligados à duas classes de homens que têm importância aqui:
 Nobres e Governantes (Ester 6:8-11; Eclesiastes 10:7; Ezequiel 23:6,12,23).
 Soldados (Salmo 33:17; 147:10; Provérbios 21:31; Isaías 43:17; Jeremias 8:6). Muitas das referências bíblicas a cavalos e cavaleiros os citam no contexto de guerra. Várias descrições de guerra incluem referências aos cavalos, que deram uma vantagem militar aos exércitos antigos (Êxodo 15:1,21; 2 Samuel 10:18). Os símbolos proféticos do Antigo Testamento usavam cavalos e cavaleiros nas descrições dos inimigos de Deus, como Gogue e seu exército (Ezequiel 38:14-15), e para representar os servos enviados para fazer a vontade de Deus (Zacarias 1:7-11). Este trecho de Zacarias ajuda a entender o significado dos cavaleiros citados aqui por João.
Branco normalmente representa pureza ou santidade. Aqui temos a figura de um guerreiro real e santo.
Cavaleiro com um arco: O cavaleiro no cavalo branco em 19:11 é Jesus. Naquela cena de vitória, ele é seguido por servos, também montados em cavalos brancos (19:14). Aqui, também, parece que o cavaleiro que abre a cena seja o próprio Jesus. Ele abre os selos, mas ele também faz parte integral da mensagem revelada no livro. O arco, obviamente, é arma de guerra (1 Crônicas 5:18; 2 Crônicas 14:8; 17:17; Jó 20:24; Salmo 78:9). Em referências especialmente relevantes ao nosso estudo aqui, é arma de guerra na mão de Deus (Salmos 7:12; 21:12). Isaías profetizou de um redentor enviado pelo Senhor que transformaria as nações em palha (Isaías 41:2). A imagem mais próxima no Velho Testamento, juntando as figuras de cavaleiro e arco, se encontra em Zacarias 10:3-5 – “... mas o SENHOR dos Exércitos tomará a seu cuidado o rebanho, a casa de Judá, e fará desta o seu cavalo de glória na batalha. De Judá sairá a pedra angular; dele, a estaca da tenda; dele, o arco de guerra; dele sairão todos os chefes juntos. E serão como valentes que, na batalha, pisam aos pés os seus inimigos na lama das ruas; pelejarão, porque o SENHOR está com eles, e envergonharão os que andam montados em cavalos”.
Foi-lhe dada uma coroa: Jesus recebe uma coroa. Já encontramos esta palavra (grego, stephanos) em outros trechos que prometeram a recompensa aos vencedores (2:10; 3:11). É a mesma palavra que identifica as coroas dos 24 anciãos (4:4; 4:10). Veja mais informações nos comentários sobre 4:4, lição 12.
Ele saiu vencendo e para vencer: Estas palavras confirmam o sentido do cavaleiro armado e coroado. Ele se apresenta como vencedor executando, obviamente, a vontade de Deus. Qualquer coisa que vem na abertura dos próximos selos deve ser entendida como algum aspecto da vitória divina sobre os seus inimigos. Pode trazer sofrimento, até para os fiéis, mas é boa notícia da vitória divina!
O Segundo Selo (6:3-4)
6:3 – Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem!
Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem!: Da mesma maneira que um ser convidou o primeiro cavaleiro, o segundo convida o próximo a cumprir a sua tarefa.
6:4 – E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada.
E saiu outro cavalo, vermelho: Vermelho normalmente sugere sangue ou guerra. Aqui, as duas idéias são válidas, pois este é o cavalo de guerra que causaria a morte.
Foi-lhe dado tirar a paz da terra: A missão deste segundo cavaleiro é claramente revelada. Ele causaria guerra. Homens matariam uns aos outros. Enquanto estas imagens não identificam nenhuma guerra específica, fica evidente que guerra seria usada, mais uma vez, como castigo divino. Depois da derrota do exército egípcio no mar Vermelho, Moisés disse: “O SENHOR é homem de guerra” (Êxodo 15:3). Guerras entre povos foram usadas por Deus diversas vezes no Antigo Testamento como meio de castigo (Jeremias 28:8). Ele usou os israelitas para castigar os povos que ocupavam a terra de Canaã, expulsando-os por sua iniqüidade (Gênesis 15:16-21; Josué 11:20). Ele trouxe inimigos para oprimir os israelitas infiéis na época dos juízes. Usou a Assíria para castigar Israel, a Babilônia para castigar Judá, a Pérsia para castigar a Babilônia, etc.
Já que observamos paralelos entre os quatro cavaleiros do Apocalipse e a visão de Zacarias 1:7-17, devemos observar, também, o significado da paz da terra. O relatório dos cavaleiros de Zacarias, que acharam a terra “repousada e tranqüila” (1:11), não foi uma boa notícia para os servos fiéis de Deus. Quatro meses antes desta profecia, Ageu havia profetizado que Deus iria fazer “abalar todas as nações” (Ageu 2:7; veja as datas em Ageu 2:1 e Zacarias 1:7). Quatro meses passaram, e Deus ainda não havia começado a castigar as nações que perseguiam os servos de Deus e dificultaram seu serviço em Jerusalém. A terra em paz significava falta de movimento de Deus contra o inimigo. No Apocalipse, temos uma situação diferente mas paralela. Se deixasse a terra em paz, o cavaleiro estaria deixando os povos ímpios sem castigo, e os servos de Deus não teriam alívio. Do ponto de vista dos santos, o segundo selo traz boas notícias. Do ponto de vista dos inimigos de Deus, serve como aviso de castigo merecido.
Uma grande espada: Como esperaríamos de uma figura que representa guerra, esta cavaleiro recebe uma grande espada. Espadas foram usadas para matar os fiéis servos de Deus (Hebreus 11:37), e foram dadas por Deus aos governantes para castigar malfeitores (Romanos 13:4). Mas no final de contas, a espada de dois gumes, a palavra de Deus, julga os homens (Hebreus 4:12) e traz o castigo contra os inimigos do Senhor. A espada aqui reforça o símbolo de castigo divino.
O Terceiro Selo (6:5-6)
6:5 – Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.
Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente: O terceiro ser vivente chama o terceiro cavaleiro à sua missão.
Um cavalo preto e o seu cavaleiro: Preto é a cor da angústia e desespero. Jeremias profetizou de um castigo divino que traria tristeza profunda sobre a terra, deixando as cidades desamparadas. Ele disse: “Por isso, a terra pranteará, e os céus acima se enegrecerão” (Jeremias 4:28). Devido à repreensão de Deus, os céus se tornam escuros (Isaías 50:2).
Uma balança na mão: A balança é usada para pesar. O versículo 6 mostrará o sentido de pesar comida para vender. A idéia de pesar a comida já sugere escassez e sofrimento (Ezequiel 4:10,16).
6:6 – E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.
Voz no meio dos quatro seres viventes: Os quatro seres viventes ficam ao redor do trono de Deus. A voz no meio deles é a voz de Deus. O que segue vem do Senhor.
Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário: Grãos básicos usados na alimentação diária são vendidos aqui por preços altíssimos. O Dicionário Vine diz que esta medida seria “de capacidade para secos de cerca de um litro” e que seria suficiente para sustentar uma pessoa por um dia. Diz, também, que o preço aqui seria 8 vezes o normal (pág. 778). Um denário era o valor da diária de um trabalhador na parábola dos trabalhadores na vinha (Mateus 20:2). Aqui, então, um homem teria que trabalhar o dia todo para ter comida para uma pessoa, sem falar de sustentar uma família ou pagar outras despesas.
Não danifiques o azeite e o vinho: Pelo fato que o trigo e a cevada seriam alimentos mais básicos e essenciais, a disponibilidade do azeite e do vinho pode mostrar que os ricos não sofreriam tanto como os pobres. Pode sugerir, também, que o sofrimento que o terceiro cavaleiro trouxe não seria resultado de uma fome geral.
O Quarto Selo (6:7-8)
6:7 – Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem!
Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente: O quarto selo, o último cavaleiro, e o último dos quatro seres viventes. Os primeiros quatro selos formam uma subsérie.
6:8 - E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte;
Um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte: A cor deste cavalo é incerto, mas o significado, não. É a mesma palavra usada para descrever erva verde (8:7), qualquer coisa verde (9:4) e relva verde (Marcos 6:39). Alguns explicam a idéia de amarelo/verde ou de pálido. Independente do tom exato, o significado é bem definido. Este cavalo e seu cavaleiro representam a morte.
6:8b e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.
O Inferno o estava seguindo: O Inferno (grego, hades), a região dos mortos, é o companheiro da Morte. Andam juntos aqui, e serão vencidos em 20:14. Os dois juntos reforçam o significado deste selo. Ele causa a morte. Mas, não é uma destruição total. A Morte e o Inferno recebem autoridade sobre 25% da terra. Matarão muitos, mas não todos.
A Morte usa quatro castigos comuns na história bíblica: a espada, a fome, a mortandade (pragas – NVI) e as feras da terra. Em Ezequiel 14:21, Deus fala dos seus “quatro maus juízos: a espada, a fome, as bestas-feras e a peste”. Esta linguagem deixa claro que o próprio Deus envia estes castigos.
O Quinto Selo (6:9-11)
6:9 – Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.
Debaixo do altar: A palavra “altar”, na Bíblia e no Apocalipse, refere-se tanto ao altar de incenso (8:3,5; 9:13; 11:1; 14:18) como ao altar de holocaustos ou sacrifícios. Tudo aqui sugere o altar de sacrifício, pois a cena é dos sacrifícios feitos pelos mártires que deram suas vidas pela palavra do Senhor.
Debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos: Quando os sacerdotes realizavam os sacrifícios pelo pecado, derramavam o sangue do animal à base do altar (Levítico 4:7,18,30). A imagem aqui é de sacrifícios feitos no altar, e as almas dos mártires debaixo do altar. Como o sangue das vítimas de violência clamava a Deus pedindo justiça (Gênesis 4:10; Isaías 26:21; Números 35:33), aqui as almas destes mártires farão seu pedido a Deus.
Por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam: Não há dúvida sobre o motivo destas mortes. Foram mortos por causa da palavra e do testemunho. Foi pelo mesmo motivo que João estava na ilha de Patmos (1:9). Jesus pediu que os seus servos fossem fiéis até a morte (2:10), e alguns, como Antipas (2:13) já foram mortos por causa do testemunho. Este selo mostra que outros morreram, e que as mortes de mártires ainda não haviam acabado.
6:10 – Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
Clamaram em grande voz: Não um sussurro tímido e duvidoso, mas um pedido feito em alta voz, a voz de um grande número de mártires pedindo a vingança divina.
Até quando: Esta pergunta aparece dezenas de vezes na Bíblia, sempre pedindo uma decisão ativa. Às vezes, Deus perguntava para o povo dele, chamando-o à obediência. Especialmente nos Salmos e nos profetas, a pergunta foi feita pelo homem a Deus, freqüentemente para pedir que o Senhor lembrasse dos fiéis, para pôr um fim no seu sofrimento, e que trouxesse a justiça divina contra opressores e malfeitores (Salmos 13:1-2; 90:13; 94:3). Alguns trechos apresentam os mesmos pensamentos que encontramos aqui: “Até quando, Senhor, ficarás olhando? Livra-me a alma das violências deles; dos leões, a minha predileta” (Salmo 35:17). “Até quando, ó Deus, o adversário nos afrontará? Acaso, blasfemará o inimigo incessantemente o teu nome?” (Salmo 74:10). “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?” (Habacuque 1:2).
Ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro: Como fizeram Davi, Asafe, Habacuque e outros, os mártires fazem a sua pergunta com toda reverência. Não estão discutindo com homens. Estão apelando a Deus, o Soberano Senhor. Aquele que está no trono, digno da adoração de todos, decide até quando vai continuar o sofrimento dos fiéis.
Não julgas, nem vingas os nosso sangue: Eles pedem a justiça e a vingança. Esta não é uma atitude egoísta, mas uma que reflete a justiça e a santidade de Deus. É o caráter de Deus que exige o castigo daqueles malfeitores que mataram os fiéis. É o poder de Deus que traria alívio aos outros fiéis que ainda sofriam perseguições na terra. “Louvai, ó nações, o seu povo, porque o SENHOR vingará o sangue dos seus servos, tomará vingança dos seus adversários e fará expiação pela terra do seu povo” (Deuteronômio 32:43).
Dos que habitam sobre a terra: A resposta à súplica dos mártires teria que trazer castigo sobre os perseguidores na terra, as pessoas responsáveis pelo sofrimento dos fiéis.
6:11 – Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.
Uma vestidura branca: São vencedores, e recebem a recompensa prometida aos vencedores (3:5).
Que repousassem ainda por pouco tempo: Esperem! O Deus Soberano está no controle, mas ainda não satisfaria o pedido dos mártires. Como nós precisamos aprender a lição desta resposta. Muitas vezes, as orações oferecidas são por coisas materiais, freqüentemente são pedidos egoístas, e mesmo assim queremos respostas favoráveis e imediatas! Aqui, os mártires já deram tudo, até as suas próprias vidas. Pedem a vingança para honrar o nome de Deus e poupar os outros servos que ainda sofriam na terra. E a resposta de Deus? Esperem! Paciência. Ele ouviu o pedido, mas ainda não enviaria o alívio que solicitaram. Mas todo este sofrimento teriam um fim. Esperem, mas por pouco tempo!
Até que também se completasse o número dos . . . seus irmãos que iam ser mortos: O sofrimento não acabou. Outros teriam de morrer antes de Deus trazer a justiça.
O Sexto Selo (6:12-17)
6:12-14 – Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, 13 as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, 14 e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar.
Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo: Os primeiros quatro selos anunciaram castigos e sofrimento, mas não destruição total. O quinto relatou o pedido dos mártires que queriam a justiça. Já sabemos que o Cordeiro está abrindo, um por um, cada selo de uma série de sete. Podemos esperar calamidades maiores, e é isso que encontramos no sexto selo. Não esqueçamos que este selo, também, trata-se de castigos divinos. É a ira do Cordeiro que se revela aqui (16).
Sobreveio grande terremoto: O que mais poderíamos esperar? Os servos pediram justiça, e Deus responde no terremoto! “Tu, sim, tu és terrível; se te iras, quem pode subsistir à tua vista? Desde os céus fizeste ouvir o teu juízo; tremeu a terra e se aquietou, ao levantar-se Deus para julgar e salvar todos os humildes da terra” (Salmo 76:7-9). Terremotos servem, às vezes, como instrumentos da ira divina. Isaías profetizou sobre o castigo de Jerusalém: “Do SENHOR dos Exércitos vem o castigo com trovões, com terremotos, grande estrondo, tufão de vento, tempestade e chamas devoradoras” (Isaías 29:6). Representam, também, a força de Deus em responder aos pedidos de seus servos oprimidos: “Ao saíres, ó Deus, à frente do teu povo, ao avançares pelo deserto, tremeu a terra; também os céus gotejaram à presença de Deus, o próprio Sinai se abalou na presença de Deus” (Salmo 68:7-8; veja Salmo 18:6-16). Este selo prediz um ou mais terremotos literais? Pode ser, como instrumento da ira de Deus, pois ele tem usado, freqüentemente, calamidades da natureza para castigar os ímpios. Mas não precisamos procurar algum terremoto na terra para entender que Deus falou aqui, e que ele prometeu castigo aos opressores.
O sol ..., a lua ..., as estrelas..., o céu: Junto com o terremto, a escuridão, também, é uma figura comum de castigo divino. O sol enegrece, a lua se torna em sangue, as estrelas caem, o ceu se recolhe! É a linguagem empregada por Isaías para anunciar o castigo da Babilônia (13:10,13) e de Edom (34:4-5). É a linguagem usada por Joel, quando fala de eventos importantes que iam acontecer na época da igreja primitiva (Joel 2:31). É a linguagem de Jesus quando prediz a destruição de Jerusalém pelos romanos (Mateus 24:29). Quando o Cordeiro abre o selo e vem um terremoto e a escuridão, temos certeza que representa um castigo divino contra os seus inimigos. Da mesma forma que as profecias de Isaías, Joel e Jesus usaram linguagem figurada de terremotos e escuridão das luminárias celestes, o sexto selo fala do castigo daqueles que perseguiam os servos fiéis.
Todos os montes e ilhas foram movidos: Nesta continuação da figura do terremoto, ele frisa mais uma vez a força de Deus. Somente um castigo divino teria força suficiente para mover todos os montes e todas as ilhas. Deus sacode o mundo dos perversos!
6:15 – Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes
Reis, grandes, comandantes, ricos, poderosos, escravos, livres: A ira do Cordeiro atinge todos os seus inimigos, de cima para baixo. Enquanto a ênfase está nos poderosos, até escravos participam deste castigo. Em circunstâncias normais, teriam seus lugares distintos – de luxo para os poderosos e de simplicidade para os escravos e pobres. Mas na calamidade, todos procuram refúgio nos mesmos lugares. Qualquer caverna ou abertura numa rocha serviria para tentar fugir do terrível terremoto da ira do Cordeiro.
6:16 – e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro,
E disseram aos montes...: Caí sobre nós: Na sua total angústia, a morte súbita de serem esmagados por um monte seria melhor do que continuar sofrendo a ira de Deus. Veja a linguagem semelhante em Isaías 2:10-11,19-22.
Escondei-nos daquele que assenta no trono e da ira do Cordeiro: Mesmo num mundo cheio de todo tipo de sofrimento, “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31). O sexto selo claramente representa um castigo divino, identificado aqui com o poder do Pai que se assenta no trono (4:2-3) e com a ira do Cordeiro que recebe e abre o livro (5:6-7). Há uma certa ironia em pensar na ira do Cordeiro, um animal manso e inofensivo. Para aqueles que se submetem ao Cordeiro, ele é o Salvador “que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Mas para os inimigos que o perseguem e que matam os seus servos, ele mostra ira e poder irresistível. Ele é, ao mesmo tempo, o Cordeiro e o Leão.
6:17 – porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?
Porque chegou o grande Dia da ira deles: O dia aqui é identificado claramente como um dia de castigo divino. Encontramos várias referências bíblicas a tais dias, sugerindo que podem ser calamidades pessoais, castigos nacionais, ou até o juízo final. Zofar entendeu que o perverso perderia as suas riquezas “no dia da ira de Deus” (Jó 20:28-29). O paralelismo de Provérbios 11:4 sugere que o dia da ira traz a morte. Jeremias chamou a destruição de Jerusalém, que ocorreu em 586 a.C., de “dia da ira do SENHOR” (Lamentações 2:22). Sofonias chamou o povo ao arrependimento para poderem evitar o castigo do “dia da ira do SENHOR” (Sofonias 2:2-3). Paulo usou a mesma expressão para identificar o dia “do justo juízo de Deus” em que ele fará separação entre os justos e os perversos (Romanos 2:4-8). O sexto selo não identifica um dia específico de castigo, mas promete a justiça de Deus que traria o devido castigo sobre os perversos.
Quem é que pode suster-se?: Pensando na distinção feita por Paulo em Romanos 2, as únicas pessoas que têm esperança de ficar em pé no dia da ira são os justos e fiéis que confiam no Senhor. Os injustos e cruéis não teriam chance de resistir ao poder de Deus naquele dia.
Olhando para o que vem, esta pergunta se torna especialmente importante. Depois de ver os primeiros seis selos abertos, chegando ao sofrimento terrível do sexto, só pode se esperar que o sétimo seja pior ainda. 
Conclusão
Se não fosse pela graça de Deus, ninguém teria como sobreviver o dia da ira de Deus. Mas, Jesus já ofereceu consolo aos fiéis, aos vencedores. Antes de abrir o sétimo selo, ele confortará, novamente, os discípulos verdadeiros. Veremos este conforto na próxima lição.

Fonte: 
Estudos Bíblicos Andando na Verdade

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